Após o caso Débora Rodrigues despertar comoção nacional, o Partido Liberal (PL) estuda a ideia de lançá-la como candidata a parlamentar nas eleições de 2026. Segundo o líder do partido na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcanti (AL), a figura dela representa a “luta por liberdade de expressão”.
Débora ficou conhecida por pichar a estátua A Justiça nos atos do 8 de janeiro de 2023 com a frase “perdeu mané”. Ela está presa preventivamente há 2 anos, e conquistou autorização para prisão domiciliar na última semana, após grande pressão popular.
Questionado pelo jornalista da GloboNews, Octavio Guedes, sobre o assunto, Sóstenes disse que há uma possibilidade “muito forte” de seu partido lançá-la a depender da decisão de Débora e também do desenrolar dos acontecimentos políticos e judiciários.
Isso porque ela é ré em processo que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) e corre o risco de perder seus direitos políticos, além de ser sentenciada a 14 anos de prisão. O PL e seus aliados buscam aprovar um projeto de Lei para anistiá-la, assim como os demais envolvidos nos atos.
– Ela está com muitas restrições [para contato] e ainda não conversamos com ela. Mas, com certeza, em nome da liberdade e da democracia, ela terá vaga para concorrer no PL com toda certeza. Vamos trabalhar e aprovar a anistia. Iremos conversar com o presidente Hugo [Motta] na terça. Na quinta, vou colocar no Colégio de Líderes para votar na semana seguinte – disse Sóstenes, segundo informações do Poder360.
Outro nome cotado pelo PL é o de Eliene Amorim de Jesus, que também está presa há dois anos, no Maranhão. Ela é filha de Cleriston Pereira da Cunha, o Clezão, que morreu em novembro de 2023 após sofrer um mal súbito na Papuda, penitenciária do Distrito Federal.
Clezão foi preso em razão dos atos do 8 de janeiro e, apesar dos reiterados pedidos de liberação da defesa sob o argumento de que ele sofria problemas de saúde, o ministro Alexandre de Moraes não autorizou sua saída.
– A filha do Clezão será candidata a federal pelo DF. O STF com seus exageros está criando uma safra de novos políticos da direita. Até agora já identificamos as duas – observou Sóstenes.
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