O grupo do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), ficou com todos os cargos de direção da Casa, em eleição realizada na quinta-feira (2), e isolou o bloco do senador Rogério Marinho (PL-RN), derrotado na disputa para a presidência do Senado. O resultado reforça o domínio da cúpula atual e a articulação do senador Davi Alcolumbre (União-AP), padrinho do presidente do Senado e principal cabo eleitoral da eleição.
Alcolumbre é criticado por adversários e colegas do próprio partido por concentrar poderes e até criar um “governo paralelo” em seu gabinete, dizendo quem fica com cargos, quem assume as comissões e quem leva as verbas do governo federal.
O grupo de Rogério Marinho teme ficar isolado após a derrota. Há dois anos, o PL e o ex-presidente Jair Bolsonaro apoiaram a eleição de Pacheco e ficaram com um cargo na Mesa do Senado, agora dominada pelo grupo que apoiou a reeleição do senador do PSD.
Pacheco foi eleito com 49 votos na noite de quarta (1), contra 32 de Rogério Marinho. Além disso, o PL havia ficado com a maior bancada do Senado após as eleições de outro, mas o PSD filiou novos integrantes e ficou com a liderança, somando 15 senadores. O PL tem 13.