O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que vai anunciar na segunda-feira (10), tarifas de 25% sobre alumínio e aço importados. Os dois produtos são exportados pelo Brasil aos EUA; ou seja, a medida deve impactar a economia brasileira. Procurado, o Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) afirmou que não vai se manifestar.
Em entrevista a repórteres, no avião presidencial no último domingo(9), a caminho do Super Bowl, Trump afirmou que os EUA vão cobrar o mesmo nível de taxas impostas pelos parceiros comerciais.
– Não vai afetar todos os países, porque há alguns com os quais temos tarifas similares; mas com aqueles que estão tirando vantagem dos EUA, teremos reciprocidade – afirmou.
Após ameaçar o Canadá e o México com tarifas de 25%, Trump concedeu a ambos, no último dia 3 de fevereiro, um adiamento de 30 dias. O republicano também anunciou uma cobrança de 10% a importações chinesas. Em resposta, a China impôs tarifas retaliatórias contra produtos americanos, que entraram oficialmente em vigor no domingo (9).
HADDAD EVITA COMENTAR MEDIDA
Questionado pela imprensa sobre quais ações o Executivo brasileiro adotaria em resposta ao que foi anunciado por Trump, Haddad respondeu que o governo brasileiro tomou a decisão de só se manifestar “oportunamente”, com base em decisões concretas, e não em anúncios que, na avaliação do ministro, podem ser mal interpretados ou revistos.
– Então o governo vai aguardar decisão oficialmente antes de qualquer manifestação – disse o ministro da Fazenda a jornalistas.
Perguntado então se não haveria nada previsto sobre a taxação de big techs norte-americanas, Haddad voltou a dizer que vai aguardar a orientação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), depois de as medidas dos EUA serem efetivamente implementadas.
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